O final da semana atual pode ser explosivo tanto para o euro quanto para o dólar. Em análises anteriores, já listei eventos que poderiam levar a um aumento acentuado na atividade do mercado, que tem sido notavelmente carente de movimentos fortes recentemente. Com os relatórios dos EUA, as coisas ficaram mais ou menos claras: valores acima das expectativas do mercado provavelmente darão suporte à moeda norte-americana e vice-versa. Com relação aos discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também está mais ou menos claro: é improvável que sua retórica seja significativamente diferente das declarações que ele fez anteriormente. Entretanto, a reunião do Banco Central Europeu e o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde, podem tornar as coisas um pouco mais complicadas.

Para começar, um relatório de inflação atualizado foi divulgado desde o último discurso de Lagarde na União Europeia. A inflação geral da zona do euro desacelerou para 2,6% (2,8% em janeiro) e a inflação básica para 3,1% (3,3%) em fevereiro. Podemos tirar várias conclusões com base nesses números. Em primeiro lugar, a inflação continua a diminuir. E não apenas em declínio, mas está se aproximando do nível da meta. Está claro que a retórica de Lagarde pode mudar para uma postura mais dovish.

Em segundo lugar, as taxas de juros permanecerão inalteradas na reunião de março. Entretanto, o presidente do BCE deve fornecer ao mercado algumas informações sobre futuras mudanças nas taxas. Gostaria de lembrá-lo de que alguns formuladores de políticas do BCE são contra uma mudança rápida para a flexibilização da política e um corte acentuado das taxas. A própria Lagarde disse que poderia haver motivos suficientes para a flexibilização da política no início do verão. A questão é como o mercado reagirá se Lagarde confirmar suas palavras sobre o início do verão.

Ao meu ver, o início do verão é mais cedo do que o mercado esperava. Com base apenas nesse fato, pode-se supor que a demanda pelo euro continuará a diminuir no longo prazo. O layout da onda também conta a mesma história, enquanto os dados macroeconômicos da zona do euro continuam a se manter moderados. Não vejo motivos substanciais para o mercado aumentar a demanda pelo euro. Os relatórios dos E.U.A. também influenciarão o EUR/USD nesta semana, mas, em geral, espero que o par caia. Uma tentativa malsucedida de romper o nível 1,0881 indicará a prontidão do mercado para vender, e a direção do par dependerá dos relatórios dos EUA.

Análise de onda do EUR/USD:

Análise de onda do GBP/USD:

O padrão de onda do GBP/USD sugere uma queda. Estou considerando vender o instrumento com alvos abaixo do nível 1,2039, porque acredito que a onda 3 ou c ganhará impulso mais cedo ou mais tarde. Uma tentativa bem-sucedida de romper o nível 1,2627 gerou um sinal de venda, mas, no momento, também posso identificar uma nova tendência lateral com o limite inferior no nível 1,2500. Na minha opinião, esse nível atualmente atua como um limite para o declínio da libra. Também posso destacar um canal descendente, que sugere um declínio nas cotações. O preço já superou o canal, portanto, a libra pode continuar a subir por algum tempo, o que é outra onda interna dentro do movimento lateral.

Princípios fundamentais de minha análise:

As estruturas das ondas devem ser simples e compreensíveis. É difícil trabalhar com estruturas complexas, e elas geralmente trazem mudanças.

Se você não estiver confiante quanto ao movimento do mercado, é melhor não entrar nele.

Não podemos garantir a direção do movimento. Não se esqueça das ordens Stop Loss.

A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.