A pressão sobre o mercado de criptomoedas continua significativa. No último fim de semana, o Bitcoin atualizou seu preço para US$ 93.000 e atualmente está sendo negociado abaixo de US$ 95.000, o que mantém bastante séria a possibilidade de uma queda maior para US$ 90.000 e até US$ 88.000.

É evidente que, por mais atraente que a queda atual possa parecer, ninguém está com pressa para comprar. Enquanto isso, a BitMine afirmou que a fraqueza no mercado de criptomoedas pode estar ligada à redução dos saldos de um ou dois grandes formadores de mercado, com players de grande porte pressionando os preços para baixo ao desencadear liquidações.

Os participantes do mercado, temendo novas falências e evitando se tornar credores de dívidas problemáticas, preferem permanecer à margem, aguardando sinais mais claros. A ausência de compradores apenas agrava a situação, provocando novas quedas de preços e desencadeando novas ondas de liquidações. Nesse ambiente, pequenos investidores de varejo, assustados pela volatilidade e pelo risco de perdas, provavelmente evitarão fazer novas entradas. Todos aguardam uma estabilização ou sinais mais nítidos de recuperação antes de arriscar capital. Isso cria um ciclo vicioso: a falta de capital novo impede o mercado de se recuperar, enquanto a ausência de recuperação desencoraja potenciais investidores.

Ainda assim, há quem permaneça fiel à própria estratégia — e não são poucos. Michael Saylor afirmou em uma entrevista no fim de semana que sua empresa, a Strategy, comprou BTC todos os dias da semana passada, apesar de todo o caos do mercado. Por um lado, o comprometimento de Saylor com o BTC e sua crença inabalável no potencial de longo prazo do ativo são admirados por muitos. Ele é visto como um visionário que antecipou a ascensão explosiva das criptomoedas antes de se tornarem mainstream. Sua postura é ainda mais notável em meio ao medo e ao pânico generalizados que dominaram o mercado nas últimas semanas.

Por outro lado, os céticos argumentam que a estratégia da empresa — compras contínuas sem pausa — parece arriscada e potencialmente pouco lucrativa no atual cenário de volatilidade extrema. Críticos destacam os riscos relevantes que a Strategy assume em meio à queda do preço do BTC e questionam a prudência de continuar acumulando ativos em um ambiente tão desfavorável.

Recomendações de negociação:

Em relação ao panorama técnico do Bitcoin, os compradores estão atualmente visando um retorno ao nível de US$ 95.900, o que abre um caminho direto para US$ 99.400. A partir daí, é um pequeno passo até US$ 102.500. O alvo mais distante é em torno de US$ 105.400. Ultrapassar esse nível indicaria tentativas de retorno a um mercado em alta. Em caso de queda, os compradores deverão estar no nível de US$ 92.900. Uma queda abaixo dessa área poderia rapidamente empurrar o BTC para cerca de US$ 89.200, com o alvo mais distante em US$ 86.500.

Para o Ethereum, uma consolidação clara acima do nível de US$ 3.256 abre caminho para US$ 3.390. O objetivo mais distante é em torno de US$ 3.529. Ultrapassar esse nível significaria um fortalecimento do mercado em alta e um aumento do interesse dos compradores. Se o Ethereum cair, espera-se que os compradores entrem em ação no nível de US$ 3.088. Um movimento abaixo dessa área poderia levar rapidamente o ETH para cerca de US$ 2.920, com o suporte mais distante em US$ 2.756.

O que podemos ver no gráfico:

• As linhas vermelhas indicam os níveis de suporte e resistência onde se espera uma desaceleração dos preços ou um crescimento ativo;
• As linhas verdes indicam a média móvel de 50 dias;
• As linhas azuis indicam a média móvel de 100 dias;
• As linhas verdes claras indicam a média móvel de 200 dias.

Normalmente, um cruzamento ou teste de preço dessas médias móveis interrompe o impulso do mercado ou define um novo impulso direcional.